Ricardo Duarte / InternacionalPara grande maioria da imprensa, embora o primeiro clássico da Copa Libertadores tenha sido parelho e encerrado sem gols, se teve alguém superior durante os 90 minutos, esse foi o Internacional. Jogando na casa do adversário e com pouco mais de dois meses de trabalho, o time de Eduardo Coudet deixou claro que além de corajoso, não deixa de almejar a vitória em nenhum instante. Com as melhores chances criadas, o rival praticamente se resumiu a bolas paradas, chegando com perigo em erros individuais do próprio Inter (quando Musto, Rodinei e Fuchs erraram na saída de bola). Confira algumas avaliações da mídia pós-GreNal 424:
GABRIEL CORRÊA - BAND-RS
De maneira geral, foi um ótimo GreNal. As duas equipes me parecem com capacidade para competir nas Copas (Libertadores e do Brasil) e ainda precisariam de uma regularidade e foco muito grande em um torneio para brigar pelo Campeonato Brasileiro com o Flamengo.
No Inter, a entrada de Saravia deve ir acontecendo aos poucos para se ambientar, ainda mais que Rodinei não tem comprometido. Coudet parece ter encontrado seu esquema. Na esquerda, a dúvida é sobre a capacidade de criação com Uendel ou a intensidade nas transições com Moisés.
É bem verdade que a briga vai marcar este Grenal da Libertadores, mas vamos falar de futebol? Dentro de campo, fazia tempo que um clássico não mostrava tantas ideias e com as duas equipes buscando a vitória a todo instante. Me agradou muito a partida.
LELÊ - DIÁRIO GAÚCHO
Foi um jogo equilibrado, mas a vitória sempre esteve mais perto do Inter. Com a postura tradicional treinada por Coudet — mas com dificuldades na saída de bola, pela marcação adiantada do Grêmio — o Colorado teve o controle do jogo a maior parte do tempo e só não abriu o placar já no primeiro tempo porque Boschilla não só errou um gol claro, como não passou a bola para Guerrero ou Galhardo que estavam com o gol escancarado à frente.
As substituições feitas por Renato no segundo tempo deram mais posse de bola ao Grêmio, mas foi o Inter que carimbou a trave de Vanderlei duas vezes. No final, um show de horrores que nada teve a ver com o bom futebol jogado durante os 85 minutos anteriores.
O Gre-Nal das Américas terminou com dois times de futebol sete. Entrou pra história, mas terminou em vexame.
MAURO CEZAR PEREIRA - ESPN BR - UOL
Normalmente os Grenais têm como característica o visitante mais cauteloso, fechado, e o mandante tomando a iniciativa de jogo. Com Renato Gaúcho Portaluppi em sua versão atual, iniciada em 2016, o Grêmio assumiu nova postura na maioria dos jogos. Agora parece ser a vez do Internacional.
O time colorado ocupou o campo de ataque em diferentes momentos da peleja. Consequentemente, já no primeiro tempo teve mais passes certos (185 a 152) e posse de bola (56% a 44%). Mas foi o Grêmio que mais finalizou antes do intervalo: 6 a 4, com 2 a 1 em arremates certos pelos números do Footstats.
Na metade da etapa final, o time treinado por Eduardo Chacho Coudet tomou conta do jogo, colocou os gremistas em seu próprio campo. O time de Renato se tornou, ali, o que se fecha para sair em velocidade, os visitantes davam as cartas no gramado da Arena tricolor. Um cenário não muito comum.
Sim, o goleiro do Internacional (Marcelo Lomba) trabalhou mais do que o do Grêmio. Mas foi o time de vermelho que mandou duas bolas nas traves justamente quando exercia claro domínio da partida. O duelo se desenvolveu em circunstâncias que fogem do que pode ser definido como "padrão".
Ao final, o Inter seguiu superior em posse de bola (54,5%) e passes certos (387 a 321), com o Grêmio melhor nos arremates (13 a 9, sendo 5 a 3 nas certas). Equilíbrio? Sim. Mas foi jogo entre um time treinado pelo argentino há dois meses contra outro, com o mesmo técnico há mais de três anos.
O próximo Grenal promete. Não pela briga generalizada que resultou em oito cartões vermelhos. Mas pelo futebol que os rivais podem apresentar e suas estratégias, com eventuais surpresas, que os dois comandantes poderão colocar em campo até lá. A ver!
GUSTAVO FOGAÇA - DAZN
Até a briga, era um bom GreNal 424. Variações, ideias em campo, pegado, os 2 treinadores dispostos a vencer. A trave salvando e os goleiros aparecendo bem.
Um bom jogo de futebol. Uma pena como terminou, pois é isso q vai ficar na memória do 1o GreNal em Libertadores.
CRISTIANO OLIVEIRA - GUAÍBA
Individualmente, destaco a atuação estupenda de Geromel. Mais uma vez, zagueiro gremista anulou as ações ofensivas coloradas. Lucas Silva, à frente da zaga, também teve gigantesca exibição.
No Inter, Marcelo Lomba também merece destaque.
Negativamente, a briga, por óbvio. Moisés, Paulo Miranda e outros metidos a soluções medievais.
Em termos técnicos, a participação de Bruno Fuchs foi fraquíssima. No Grêmio, Diego Souza foi muito discreto.
Até a briga de rua, o Grenal 424 era bom. Bem jogado. Cadenciado, muitas vezes, mas interessante.
E o Inter era mais perigoso, especialmente no momento da confusão. Um gol (bem) anulado e duas bolas na trave, por exemplo.
VINÍCIUS FERNANDES - FOOTURE
Me impressiona demais como Coudet mudou tudo em pouco tempo. Mesmo. Um modelo de jogo vigente há 4 anos foi modificado com competitividade em 2 meses e meio.
Incrível como os dois times mudaram suas propostas de jogo em meses. O Grêmio prefere ser menos impositivo para atrair o adversário no seu campo e sair em contra-ataque. O Inter quer a bola a todo instante e pressiona com agressividade.
Triste que a briga seja mais assunto que o jogo em si. Embora entenda que, jornalisticamente, é uma pauta que se impõe. Mas até o ENTREVERO foi um belo jogo. Cada um na sua estratégia, tentando jogar. Bom demais.
Qual jogador se destacou mais na TROCAÇÃO? Voto em Moisés. Agilidade, tomada de decisão rápida, soube atrair o adversário e contragolpeá-lo com precisão.
DIOGO OLIVIER - RBS
O Inter foi melhor. O primeiro tempo foi de seu domínio, na posse de bola mesmo fora de casa e nas chances de gol, sobretudo com Boschilia, na cara de Vanderlei. Nada assim acachapante, como diante da Católica, mas a metade inicial do Gre-Nal teve vantagem colorada.
Com as linhas próximas, o time de Coudet tinha sempre duas opções de passe. Assim, envolveu o Grêmio. Que, retirado de sua zona de conforto, agrediu pouco. Uma cabeçada, boa, de Diego Souza, e nada além disso. O tripé de volantes deixou Maicon de costas. Everton, sem ter quem o acionasse, não entrou no jogo.
Na volta do intervalo, a postura gremista mudou. Renato exigiu mais verticalidade e menos passe para o lado. Foi quando, no início, Maicon sentiu a músculo da coxa e saiu em nome de Jean Pyerre. Devolvido ao 4-2-3-1, o Grêmio encaixou melhor o seu estilo de posse de bola, equilibrando o Gre-Nal. Melhorou sensivelmente, mais ainda com Pepê, que em uma investida a drible.
Mas em seguida o Inter voltou à carga, com mais força física e acertando duas bolas na trave em infiltrações de Edenilson e Boschilia. Coudet mexeu bem. D'Ale no lugar de Galhardo. Uendel por Moisés, aí por lesão. O Grêmio parecia cansado. Quase fez o gol, mas em erro bisonho de Fuchs e incompetência de Luciano impediram.
MARINHO SALDANHA - UOL
Um 0 a 0 de um bom Gre-Nal. Times bem montados, com ideias claras de jogo, ofensivas, propositivas. Pouca briga e confusão, muitas alternativas. Achei o Inter melhor, mais chances, erros na decisão. Mas pouco melhor, uma paridade sensível.
Destaques: Marcos Guilherme muito bem pelo Inter. Victor Ferraz o melhor do Grêmio.
Negativos: Boschilia e os erros de tomada de decisão que pesam no resultado. Caio Henrique e os erros de saída que tiram a construção e isolam Everton no Grêmio.
Com a entrada do Jean Pyerre, o Grêmio muda o triângulo do meio e passa a ter um armador nato. Para um time de construção curta e capacidade técnica, é o melhor cenário
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